Saúde
Blitz educativa alerta sobre a prevenção à raiva
Atividade faz parte da programação da Secretaria Municipal de Saúde em alusão ao Dia Mundial de Prevenção à doença
Jô Folha -
Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção à Raiva, em 28 de setembro, o Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (CCZ-SMS) desenvolveu atividades de conscientização sobre os métodos de prevenção da doença durante todo o mês. Na tarde desta quinta-feira (26), foi realizada uma blitz educativa na rótula da avenida Ferreira Viana, próxima ao Shopping, que distribuiu material educativo sobre o tema e alertou para a importância da prevenção, além de adesivos sobre a posse responsável de animais.
Roberta Mota, coordenadora do programa de prevenção e controle da raiva do CCZ, conta que a ação visa alertar e conscientizar as pessoas sobre os métodos de prevenção da doença que tem alta letalidade. Ela destaca que a responsabilidade de vacinação dos bichos de estimação é dos proprietários e que é preciso estar em atenção, mesmo com a ausência de casos no município - a última ocorrência registrada em cães foi em 1985. "É um momento de vigilância, para que a doença não volte."
Durante o mês, também foram desenvolvidas palestras em escolas do município sobre a doença e os métodos de prevenção, além do lançamento do adesivo da campanha de posse responsável de animais, que visa ressaltar a importância de não abandonar os bichos de estimação. A ação realizada nesta quinta contou com a presença do mascote "Zooandinho", que também estará presente na atividade programada para sábado, no largo do Mercado Central, das 10h às 17h. Na ocasião, haverá tenda com a presença de técnicos da Vigilância Ambiental e do Centro de Controle de Zoonoses, distribuição de material educativo e divulgação das ações do Programa de Vigilância e Profilaxia da Raiva. O evento também contará com a presença de cães do Canil Municipal, com o intuito de incentivar a adoção de animais.
Ações necessárias
A raiva é uma doença que afeta mamíferos, como cães, gatos, morcegos e humanos. Em caso de agressão de cães ou gatos a humanos, é necessário que a pessoa lave o local com água e sabão e procure o Centro de Especialidades ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para orientação. Caso seja possível, a equipe de Zoonoses realiza a observação do animal pelo período de dez dias, para verificar se não há o desenvolvimento da doença. Em caso negativo, não é necessária a aplicação de vacina ou soro. Roberta lembra que, em alguns casos, os donos dos animais temem que punições sejam aplicadas, mas que o trabalho tem o intuito somente de acompanhamento, para certificação de que o animal está livre da doença. "A gente não toma nenhuma medida punitiva", explica. As visitas de observação são realizadas com profissionais com uniforme e crachá do CCZ. Em caso de dúvida, a confirmação pode ser feita pelo telefone (53) 3284-7731. Em casos nos quais a observação não é possível, é aplicado vacina, soro ou ambos na pessoas mordida, dependendo da gravidade do ferimento.
Cuidados com morcegos
Com o chegada dos dias mais quentes, há o aumento no número de morcegos nos centros urbanos, que vêm em busca de abrigos para a procriação e acasalamento. Por isso, é comum que se alojem em cima de forros e locais dentro de residências. A coordenadora lembra, no entanto, que os morcegos são animais insetívoros, com importante trabalho no controle de insetos no ambiente, além de contribuírem na polinização, por isso, ao ver o animal não é preciso matá-lo. É importante, no entanto, evitar o contato e afastar bichos de estimação, pois o morcego pode estar com a doença. A recomendação é que o animal infectado seja colocado em recipientes que o mantenham preso, como caixas e baldes. Em seguida pode ser feita ligação para o CCZ, que enviará uma equipe ao local. Em caso de contato com morcegos ou outro animal silvestre, a recomendação é lavar o local do ferimento com água e sabão e procurar imediatamente uma UBS.
A doença
De acordo com o Ministério da Saúde, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda de alta letalidade que atinge mamíferos. Sua transmissão é feita pelo contato com a saliva de animais contaminados e tem um período de incubação de cerca de 45 dias em humanos. A prevenção pode ser feita por meio de vacinas pré ou pós-exposição. A morte de animais contaminados leva, em média, entre cinco a sete dias após o aparecimento dos sintomas.
No Rio Grande do Sul, a raiva urbana, por variantes de cães e gatos, está controlada. O último caso em humanos foi registrado em 1981, e a canina em 1988. No Brasil, entre 2010 e 2018, foram registrados 36 casos em humanos, com maior incidência nas regiões Nordeste, com 17 casos, e Norte, com 15 casos.
Sintomas
- Mal-estar geral
- Pequeno aumento de temperatura
- Anorexia
- Cefaleia
- Náuseas
- Dor de garganta
- Entorpecimento
- Irritabilidade
- Inquietude
- Sensação de angústia
- Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
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